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segunda-feira, julho 22, 2024

"Números 11: A Esperança no Espírito."

 


No vasto cenário do deserto, onde os filhos de Israel peregrinam após a libertação do Egito, o livro de Números capta um momento crucial na história deste povo escolhido. O capítulo 11 de Números nos transporta para um período de provações e desafios, onde a fé e a perseverança dos israelitas são colocadas à prova. Este capítulo, repleto de nuances e significados profundos, revela tanto as fraquezas humanas quanto a infinita misericórdia divina.




A jornada pelo deserto não era apenas uma travessia física, mas também uma viagem espiritual. Os israelitas, liderados por Moisés, enfrentavam não apenas a árdua caminhada sob o sol escaldante e as dificuldades de um terreno hostil, mas também as próprias limitações e insatisfações internas. Em Números 11, vemos uma queixa coletiva que surge do seio do povo, um clamor que ecoa a insatisfação com o maná fornecido por Deus. Esse alimento celestial, apesar de milagroso, se torna motivo de descontentamento, revelando uma ingratidão que desafia a providência divina.


A narrativa nos mostra a reação de Deus diante dessas queixas, uma resposta que mescla justiça e misericórdia. A ira divina se manifesta, mas também se revela a compaixão, ao prover carne em abundância por meio das codornizes que descem sobre o acampamento. Este evento, porém, não vem sem suas consequências. A abundância repentina se transforma em julgamento, quando muitos são atingidos por uma praga mortal, reforçando a importância da gratidão e da confiança no cuidado divino.


Neste contexto, a figura de Moisés emerge com ainda mais clareza. Ele, o líder escolhido por Deus, carrega o peso da responsabilidade de guiar um povo rebelde e insatisfeito. Sua intercessão fervorosa e seu desespero diante da tarefa monumental revelam um líder humano, vulnerável e, ao mesmo tempo, profundamente conectado com o propósito divino. Moisés é um mediador entre Deus e o povo, um papel que ele desempenha com uma mistura de frustração e fidelidade.


Além das queixas e da resposta divina, Números 11 também nos apresenta a introdução dos setenta anciãos, escolhidos para ajudar Moisés na liderança do povo. Este momento é um marco na estrutura organizacional de Israel, uma distribuição de responsabilidade que alivia o fardo de Moisés e prepara o caminho para uma liderança mais colaborativa. A descida do Espírito sobre esses anciãos é um sinal de que Deus continua a guiar e prover para o seu povo, mesmo em meio à rebeldia e insatisfação.


Ao mergulharmos nas profundezas de Números 11, somos convidados a refletir sobre nossa própria caminhada de fé. As queixas e insatisfações que muitas vezes surgem em nossos corações, a necessidade de reconhecer e agradecer pelas provisões diárias, e a importância de uma liderança baseada na comunhão com Deus são temas que ressoam através dos séculos. Este capítulo nos desafia a olhar para além das circunstâncias imediatas e confiar no cuidado constante e soberano de Deus, mesmo quando a jornada se mostra árdua e desafiadora.




Números 11:1-35 (ARA)


1. Queixou-se o povo de sua sorte aos ouvidos do Senhor; ouvindo-o o Senhor, acendeu-se-lhe a ira; e fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu extremidades do arraial.


2. Então, o povo clamou a Moisés, e, orando Moisés ao Senhor, o fogo se apagou.


3. Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porque o fogo do Senhor se acendera entre eles.


4. E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer?


5. Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça, dos pepinos, dos melões, dos porros, das cebolas e dos alhos.


6. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná.


7. Era o maná como semente de coentro, e a sua aparência, como a de bdélio.


8. Espalhava-se o povo e o colhia; e em moinhos o moía ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o de bolos amassados com azeite.


9. Quando o orvalho descia de noite sobre o arraial, sobre ele descia também o maná.


10. Então, Moisés ouviu chorar o povo por famílias, cada um à porta da sua tenda; e a ira do Senhor grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés.


11. Disse Moisés ao Senhor: Por que fizeste mal a teu servo? E por que não achei favor aos teus olhos, visto que puseste sobre mim a carga de todo este povo?


12. Concebi eu, porventura, todo este povo? Dei-o eu à luz, para que me digas: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que, com juramento, prometeste dar a seus pais?


13. Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto contra mim choram, dizendo: Dá-nos carne a comer.


14. Eu só não posso levar a todo este povo, porque me é pesado demais.


15. Se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, de uma vez, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria.


16. Disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, de quem sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; traz-os perante a tenda da congregação, para que estejam ali contigo.


17. Então, descerei e ali falarei contigo; e tirarei do espírito que está sobre ti e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que não a leves tu sozinho.


18. E dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã e comereis carne, porquanto chorastes aos ouvidos do Senhor, dizendo: Quem nos dará carne a comer? Estávamos bem no Egito. Pelo que o Senhor vos dará carne, e comereis.


19. Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias,


20. mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela; porquanto rejeitastes ao Senhor, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?


21. Respondeu Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, e tu dizes: Dar-lhes-ei carne a comer um mês inteiro.


22. Degolar-se-ão para eles rebanhos e vacas, que lhes bastem? Ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar, que lhes bastem?


23. Porém, o Senhor respondeu a Moisés: Ter-se-ia encurtado a mão do Senhor? Agora verás se a minha palavra se há de cumprir ou não.


24. Saiu, pois, Moisés e referiu ao povo as palavras do Senhor; e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os pôs ao redor da tenda.


25. Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos. Quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais.


26. Porém no arraial ficaram dois homens; um se chamava Eldade, e o outro, Medade; repousou sobre eles o espírito, porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda; e profetizavam no arraial.


27. Então, correu um moço e o anunciou a Moisés e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial.


28. Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um de seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proíbe-lho.


29. Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu espírito!


30. Depois, Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel.


31. Soprou um vento do Senhor e trouxe codornizes do mar e as espalhou pelo arraial, quase caminho de um dia de um lado e caminho de um dia do outro lado, ao redor do arraial, e quase dois côvados sobre a terra.


32. Então, o povo se levantou todo aquele dia, e toda a noite, e todo o dia seguinte, e recolheram codornizes; o que menos recolheu, recolheu dez homeres; e as estenderam para si ao redor do arraial.


33. Quando a carne ainda estava entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, acendeu-se a ira do Senhor contra o povo, e o feriu com uma praga mui grande.


34. Pelo que o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Hataavá, porquanto ali enterraram o povo que teve o desejo.


35. De Quibrote-Hataavá partiu o povo para Hazerote e ali ficaram.


### Destaques do Capítulo 11 de Números


- **Versículos 1-3:** O descontentamento do povo e a resposta de Deus com fogo é um exemplo da severidade do julgamento divino contra a ingratidão.

  

- **Versículos 4-6:** A nostalgia pelo Egito e a queixa contra o maná revelam a natureza insaciável e ingrata do ser humano.


- **Versículos 10-15:** A frustração de Moisés é um momento de vulnerabilidade que humaniza o líder, mostrando seu desespero e sua dependência de Deus.


- **Versículos 16-17:** A escolha dos setenta anciãos destaca a necessidade de liderança compartilhada e da capacitação divina para a administração do povo.


- **Versículos 31-34:** A provisão das codornizes seguida pela praga mostra a complexa mistura de misericórdia e julgamento de Deus, enfatizando a importância da gratidão e da confiança.




#### **Queixas no Deserto - A Fragilidade Humana**: Uma Jornada pelo Deserto em Números 11


O capítulo 11 de Números abre com uma visão inquietante do povo de Israel. Após sua libertação miraculosa do Egito e a experiência direta do poder de Deus, os israelitas começam a se queixar. Não se tratam de reclamações triviais, mas de lamentos profundos sobre sua situação no deserto. O texto diz que o povo “queixou-se da sua sorte aos ouvidos do Senhor” (Números 11:1), e como resposta, Deus envia fogo para consumir as extremidades do acampamento.


Este episódio inicial nos lembra da fragilidade humana e da tendência a esquecer as bênçãos recebidas. A memória seletiva do povo, que lembra com saudade dos peixes, pepinos, melões, porros, cebolas e alhos do Egito (Números 11:5), mas ignora a escravidão e o sofrimento, é um reflexo de como muitas vezes podemos ser ingratos, focando nas dificuldades atuais e esquecendo das libertações passadas.


#### **O Peso da Liderança - O Desespero de Moisés: A liderança de Moisés é posta à prova de maneira intensa neste capítulo. Quando o povo chora e se queixa pela falta de carne, a pressão sobre Moisés se torna insuportável. Ele expressa sua frustração a Deus, perguntando por que foi escolhido para carregar tal fardo (Números 11:11-15). Moisés sente o peso da responsabilidade e a ingratidão do povo como um fardo esmagador, chegando a pedir a Deus que o mate, se essa é a única forma de aliviar sua carga.


Esta parte da narrativa é profundamente humana. Moisés, um dos maiores líderes da Bíblia, mostra sua vulnerabilidade e sua necessidade de ajuda divina. Sua confissão honesta de incapacidade é um lembrete poderoso de que até os líderes mais fortes precisam de apoio e não são imunes ao desespero.


#### **Providência Divina: Carne no Deserto e a Ira de Deus: Deus responde às queixas do povo e ao clamor de Moisés de maneira multifacetada. Primeiro, Ele ordena a Moisés que reúna setenta anciãos para compartilhar a carga da liderança (Números 11:16-17). Este ato de descentralização não só alivia Moisés, mas também demonstra a sabedoria divina em estabelecer uma estrutura de liderança colaborativa.


Em resposta às reclamações por carne, Deus promete prover carne em abundância, mas também adverte sobre as consequências de sua insatisfação (Números 11:18-20). O vento do Senhor traz uma quantidade imensa de codornizes, satisfazendo o desejo do povo. No entanto, enquanto a carne ainda está entre os dentes deles, a ira de Deus se acende novamente, e uma praga se espalha, causando muitas mortes (Números 11:33). Este evento ressalta a seriedade da ingratidão e a realidade de que os desejos satisfeitos fora do plano de Deus podem levar a consequências desastrosas.


#### **O Espírito de Deus sobre os Anciãos - Uma Nova Esperança: Um momento significativo de esperança e renovação ocorre quando Deus derrama Seu Espírito sobre os setenta anciãos, fazendo-os profetizar (Números 11:25). Mesmo Eldade e Medade, que ficaram no arraial, recebem o Espírito e começam a profetizar. Quando Josué, preocupado, pede a Moisés para impedir, Moisés responde com uma das declarações mais inspiradoras: “Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito!” (Números 11:29). Esta resposta revela o desejo de Moisés de ver todo o povo capacitado e cheio do Espírito de Deus, uma visão de uma comunidade inteiramente sintonizada com a vontade divina.


#### **Reflexões Finais - Gratidão e Confiança na Jornada de Fé: Números 11 nos desafia a refletir sobre nossa própria jornada de fé. As queixas dos israelitas refletem a tentação constante de olhar para o passado com nostalgia, ignorando o presente e desconfiando do futuro que Deus está preparando. A reação de Moisés nos lembra da importância de buscar a Deus em momentos de sobrecarga e frustração, reconhecendo nossa necessidade de ajuda e apoio. A provisão de codornizes e a subsequente praga destacam a complexidade da providência divina, que envolve tanto misericórdia quanto julgamento.


Por fim, a capacitação dos setenta anciãos nos encoraja a buscar uma liderança colaborativa e a desejar que todos ao nosso redor sejam tocados pelo Espírito de Deus. A história de Números 11 é um poderoso lembrete de que, mesmo em tempos de descontentamento e dificuldade, a fé na providência divina, a gratidão pelas bênçãos recebidas e a confiança no plano de Deus são essenciais para nossa jornada espiritual.




### **Considerações Reflexivas: Caminhos de Fé - Reflexões Profundas sobre Números 11**


O capítulo 11 de Números nos oferece um espelho para nossa própria jornada espiritual, refletindo as fraquezas humanas e a constante necessidade da presença divina. É uma narrativa rica em lições sobre fé, liderança, provisão e gratidão.


#### **O Deserto da Ingratidão - Um Espelho da Alma Humana: O descontentamento do povo de Israel no deserto é uma poderosa alegoria das nossas próprias insatisfações. Após testemunhar milagres grandiosos, eles ainda se queixam, desejando voltar ao Egito, um lugar de escravidão e opressão. Esta atitude nos leva a refletir sobre como, muitas vezes, olhamos para o passado com lentes de nostalgia seletiva, ignorando as bênçãos presentes e a promessa de um futuro melhor. O deserto, com todas as suas dificuldades, é também um lugar de aprendizado e transformação, onde a verdadeira natureza humana é revelada e onde a dependência de Deus é essencial.


#### **O Peso da Liderança - Lições de Moisés: Moisés, um líder escolhido e capacitado por Deus, mostra-nos a vulnerabilidade que acompanha a responsabilidade. Seu desespero e sentimento de inadequação são sentimentos universais para aqueles que carregam grandes fardos. Suas palavras a Deus, cheias de frustração e desespero, nos lembram de que mesmo os líderes mais fortes têm seus momentos de fraqueza. A resposta de Deus, ao prover ajuda por meio dos setenta anciãos, reforça a importância da comunidade e da partilha de responsabilidades, destacando que a liderança não deve ser um fardo solitário.


#### **Providência e Julgamento - A Dualidade Divina: A provisão de carne, seguida pela praga, é um lembrete severo das consequências da ingratidão. Deus ouve as queixas do povo e responde com abundância, mas também com julgamento. Esta dualidade revela a complexidade da providência divina: um Deus que é generoso, mas também justo. A carne que deveria saciar o desejo do povo torna-se um símbolo de suas próprias limitações e desejos desordenados. A mensagem é clara: os desejos humanos, quando não alinhados com a vontade divina, podem levar à destruição.


#### **A Esperança no Espírito - A Profecia dos Anciãos: A descida do Espírito de Deus sobre os setenta anciãos é um momento de renovação e esperança. Moisés, ao expressar o desejo de que todo o povo fosse profeta, vislumbra uma comunidade inteira capacitada pelo Espírito Santo. Este episódio nos inspira a buscar uma vida cheia do Espírito, onde cada indivíduo é um canal da vontade divina. É um chamado para uma liderança baseada na comunhão e na partilha do fardo, uma visão de um povo unido na busca pelo propósito de Deus.


#### **Reflexões Finais - Gratidão, Fé e Confiança na Jornada Espiritual: O capítulo 11 de Números nos desafia a cultivar uma atitude de gratidão, a reconhecer nossas próprias limitações e a buscar a presença constante de Deus em nossas vidas. A ingratidão dos israelitas serve como um alerta para nós: é vital lembrar das bênçãos passadas e confiar no cuidado contínuo de Deus. Moisés nos ensina a importância de buscar ajuda e apoio, reconhecendo que a liderança é mais eficaz quando compartilhada.


A história das codornizes e da praga nos lembra que os desejos insaciáveis podem levar a consequências dolorosas, e que a verdadeira satisfação está em alinhar nossos desejos com a vontade divina. A profecia dos anciãos nos inspira a aspirar a uma vida cheia do Espírito, onde cada membro da comunidade é empoderado e guiado por Deus.


Em nossa própria jornada pelo "deserto" da vida, somos chamados a confiar na providência divina, a valorizar as bênçãos diárias e a viver em constante gratidão e fé. Números 11 nos oferece uma rica tapeçaria de reflexões que nos encorajam a caminhar com Deus, mesmo quando o caminho parece árduo e incerto. É uma lembrança poderosa de que, mesmo em meio às provações, a promessa e a presença de Deus são eternas e fiéis.







### **O Deserto da Ingratidão e a Providência Divina**


Querido(a)s Leitore(a)s,


Hoje, ao mergulharmos no capítulo 11 de Números, somos convidados a refletir profundamente sobre nossa caminhada de fé. Este capítulo, repleto de desafios e revelações, nos mostra a complexa relação entre a humanidade e a providência divina. À medida que lemos e meditamos sobre esses versículos, somos chamados a olhar para dentro de nós mesmos e a considerar nossas próprias atitudes e reações diante das provações da vida.

Os israelitas, após terem experimentado a libertação miraculosa do Egito, encontram-se no deserto, um lugar de transição e transformação. Contudo, em meio às dificuldades, eles se deixam consumir pela ingratidão e pelo descontentamento. Eles choram por carne, lembrando-se com saudade das iguarias do Egito, esquecendo-se da opressão e da escravidão que lá sofreram. Esta memória seletiva revela uma fragilidade humana universal: a tendência de valorizar os confortos passados enquanto desconsideramos as bênçãos presentes.

Moisés, o grande líder, também nos oferece uma lição poderosa. Ele, sobrecarregado pela responsabilidade e pela ingratidão do povo, clama a Deus em desespero. Sua vulnerabilidade nos lembra que mesmo os mais fortes entre nós têm seus momentos de fraqueza. A resposta de Deus, ao prover setenta anciãos para compartilhar o fardo da liderança, é um lembrete da importância da comunidade e da colaboração. Ninguém está sozinho em sua jornada; todos precisamos de apoio e da presença divina.

A provisão das codornizes e a subsequente praga são episódios que nos ensinam sobre os perigos dos desejos insaciáveis. Deus, em Sua misericórdia, atende às queixas do povo, mas também adverte sobre as consequências da ingratidão. Este dualismo entre a misericórdia e o julgamento divino nos desafia a refletir sobre a seriedade de nossos desejos e atitudes. Devemos sempre alinhar nossos corações com a vontade de Deus, buscando nEle a verdadeira satisfação.

Por fim, a capacitação dos setenta anciãos com o Espírito de Deus é um momento de renovação e esperança. Moisés expressa o desejo de que todo o povo seja profeta, que todos sejam tocados e guiados pelo Espírito Santo. Esta visão nos inspira a buscar uma vida plena no Espírito, onde cada um de nós pode ser um instrumento nas mãos de Deus.

Enquanto refletimos sobre Números 11, somos chamados a uma introspecção profunda. Estamos sendo ingratos como os israelitas, reclamando das dificuldades e esquecendo as bênçãos? Estamos sobrecarregados como Moisés, precisando buscar ajuda e apoio? Estamos permitindo que nossos desejos nos afastem da vontade de Deus?

Que este capítulo nos encoraje a viver em constante gratidão, reconhecendo as provisões diárias e confiando no cuidado divino, mesmo em tempos de deserto. Que possamos buscar a plenitude do Espírito, desejando ser capacitados para viver de acordo com a vontade de Deus. Em nossa jornada de fé, que sejamos sempre lembrados de que a presença e a providência de Deus são nossas maiores bênçãos, nos guiando e sustentando em cada passo do caminho.


Que Deus abençoe você ricamente, e que estas reflexões sobre Números 11 tragam paz, discernimento e uma renovada confiança na providência divina.


Com Amor e Fé,


Shalom Adonai🙏



Juliana Martins



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